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O terror do custo de vida

Uma das coisas que mais me perguntavam enquanto eu estava em New York era: “o custo de vida daí é alto?“. Depois de algum tempo refletindo e analisando remotamente algumas outras cidades, descobri que custo de vida alto é uma lenda.

Não sei pra vocês, mas pra mim tá massa.

Mas meu Deus, você pagava $3500 de aluguel!“. Sim, e se eu trabalhasse lá, ganharia o suficiente pra sustentar isso. “Mas a comida lá é cara!” Sim, se eu optar em jantar todos os dias nos restaurantes de Hell’s Kitchen, com certeza seria caro. Mas se eu quiser jantar todos os dias na pizzaria da minha cidade natal do interior, também ficaria caro pra mim.

Posso estar totalmente errada, mas o conceito de custo de vida é relativo. Quem faz o seu custo de vida é você mesmo. Com 8 dólares, eu almoçava num lugar tranquilo, legal e juro que uma barata não vinha de acompanhamento. Quando eu precisava ir pra aula, pegava um metrô que custava $2,45 ao invés de ir de taxi e pagar $20. Quando eu ia no mercado, pegava o leite de $2 ao invés de pegar o de $9, e nenhum órgão meu apodreceu por fazer essa escolha.

Não me abandone, seu lindo

A questão é: se você quer comprar coisas caras no mercado, roupas de grife, ter um carro bom e comer fora sempre que quiser, isso vai ser caro em qualquer lugar do mundo, até no Acre. Mas vivendo de forma simples, você sobrevive bem em qualquer lugar do mundo, porque o salário que você vai ganhar em cada cidade geralmente é equivalente ao valor das coisas que se compra lá. Claro, há exceções, mas na maior parte das vezes, é assim que funciona. É só parar pra pensar.

Ah, e deixo aqui meus sinceros agradecimentos ao wrap de frango que custava $1,50 no Mc Donald’s.

Amor, estranho amor

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Morando em New York (Parte 2)

Morei fixamente em dois lugares aqui em New York e o primeiro já contei nesse post. Agora vem a história do segundo lugar que eu morei, apelidado carinhosamente de putaquepariuquelugarmaislindo.

Bom dia, Manhattan.

O fato engraçado é que não teve corretor, nem broker fee, nem Sublet ou Craig’s List. O que teve foi sorte. Tudo começou quando começou a bateu o desespero nas últimas semanas do apartamento antigo: pra onde vamos agora?

A procura começou e a gente foi anotando números de telefone nas janelas espalhadas em Manhattan. Era só ter um FOR RENT que o número já estava na nossa agenda. O problema é que nenhum desses deu certo: primeiro porque éramos algumas meninas latino-mericanas sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindas do interior.

Alugar um apartamento em Manhattan normalmente exige uma série de comprovantes e obviamente, não tínhamos nada disso. Foi quando faltavam 4 dias pra gente sair do apartamento que estávamos (que já estava alugado) que um milagre brotou: uma amiga de uma amiga de uma amiga de uma prima de uma cunhada brasileira de uma das roomies tinha um apartamento vazio em Manhattan, lá na rua 42nd. Ela já havia alugado pra uso pessoal durante um ano, mas como não estava no país, o apartamento estava fechado.

O aluguel era relativamente caro, mas no desespero que a gente estava, resolvemos fechar. Ok, contato estabelecido, negócio fechado, era aquilo ou Brooklyn Bridge. E quando a gente foi visitar o apartamento…

OLÁ, é aqui que vocês vão morar!

Tinha uma localização perfeita, a três quadras da Times Square. O prédio se chama Silver Towers e é LINDO, porém cheio de frescuras.

As torres gêmeas.

Fizemos a mudança, dividimos os quartinhos e foi só alegria desde então (ou até o aluguel acabar).

Mesa de jantar com vista pro Rio Hudson.

O apartamento era relativamente grande, com uma sala e cozinha conjugada, com dois quartos e dois banheiros. Tinha máquina de lavar e secar roupas, cozinha completa, tv a cabo, internet e creio que a despesa mensal ficava em uns 250~300 dólares (já estava incluso no aluguel).

Cozinha + sala. (alguns dias depois aquela geladeira ganhou um pôster do Beckham pelado pra decorar)

E de brinde, na quadra do lado, tinha uma catedral/igreja/wtf LINDA.

Resumindo: a gente teve muita sorte, até porque o preço cheio do aluguel original era impossível de ser pago por gente normal, e aí a responsável pelo apartamento deu um descontinho pra gente. Yay!

Morando em New York

Ok, decidi ir pra New York, escolhi os cursos, estudei os costumes e cultura da cidade, vi clima, tempo, rotina e agora só falta uma coisa: onde vou morar?

Foram cinco meses de busca interminável por sites como o NY Urban Living, Sublet, Airbnd e até no Craig’s List, até achar um apartamento duas semanas antes de embarcar.

Depois de falar com uns trocentos corretores, enfim encontrei nosso salvador Chich, que alugou um apartamento super jeitosinho sem cobrar broker fee e com um depósito de segurança feito via PayPal totalmente refundable. Não tem como ser mais fácil, né? Olha que bonis:

Cozinha com um fogão estranho, porém funcional.

A arrumação que a gente fez ficou linda, bjs.

Sala.

As malinhas prontas pra gente sair :(

Já comentei que a gente arruma o apartamento muito mal?

As foots da festa do iPhone ficaram ótimas um cocô. As fotos do site do Chich são bem melhores, olha lá.

O contrato foi de um mês, porque lá o combinado era encontrar um apartamento mais barato na própria cidade (o que não ocorreu). Essa história eu deixo pro próximo post. ;)

Roosevelt Island

O primeiro post de verdade já fala sobre uma das melhores experiências que eu tive desde que me mudei pra Manhattan.

Antes de chegar aqui, quando eu pensava em New York, várias imagens de prédios, placas, carros, taxis, movimento, muita gente e tudo aquilo que via nos filmes aparecia na cabeça. Quem imaginaria que no meio de Manhattan eu encontraria uma ilhazinha tranquila, parecida com uma cidade do interior?

Ela fica entre o borough Queens e o bairro Upper East Side (onde eu moro atualmente).

Que lugar lindo!

Em uma hora você dá a volta na ilha inteira e dá de cara com um parque na parte sul, vários campos de baseball, quadras de basquetes, prédios residenciais e pouquíssimos carros. Tem até um farol na parte norte.

Parquinho e o East River lá no fundo separando de Manhattan

Bem no centro da ilha, tem uma Starbucks, uma Duane Reade (falarei mais tarde sobre esse paraíso chamado Duane Reade), um barzinho chamado River Walk, entre outras lojinhas pequenas.

Mas como eu chego lá? Dá pra ir de metrô (modo boring) e de bondinho (originalmente conhecido como tram)! E se você tiver o Metrocard (falo mais tarde também), ambos ficam de graça.

Peguei o bondinho bem na hora do pôr do sol :)

E a melhor parte é que o bondinho é o mesmo que aparece no filme Spiderman. Descobri isso quando uma criança falante começou a conversar comigo no bondinho e me contou. (btw, ela achou que eu era de outro mundo por eu ser brasileira)


Não é o lugar mais famoso nem o maior ponto turístico de New York, mas foi o passeio mais gostoso que eu fiz. :)

Vários banquinhos pra ficar admirando Manhattan.

Direções
Bondinho: Pra pegar, vá de metrô até a 59th / Lex e ande até a rua 60th / 2nd avenue.
Metrô: Linha F / Queens.

Começando

Falta coisa aqui. Calma lá!