Arquivo | junho 2012

O terror do custo de vida

Uma das coisas que mais me perguntavam enquanto eu estava em New York era: “o custo de vida daí é alto?“. Depois de algum tempo refletindo e analisando remotamente algumas outras cidades, descobri que custo de vida alto é uma lenda.

Não sei pra vocês, mas pra mim tá massa.

Mas meu Deus, você pagava $3500 de aluguel!“. Sim, e se eu trabalhasse lá, ganharia o suficiente pra sustentar isso. “Mas a comida lá é cara!” Sim, se eu optar em jantar todos os dias nos restaurantes de Hell’s Kitchen, com certeza seria caro. Mas se eu quiser jantar todos os dias na pizzaria da minha cidade natal do interior, também ficaria caro pra mim.

Posso estar totalmente errada, mas o conceito de custo de vida é relativo. Quem faz o seu custo de vida é você mesmo. Com 8 dólares, eu almoçava num lugar tranquilo, legal e juro que uma barata não vinha de acompanhamento. Quando eu precisava ir pra aula, pegava um metrô que custava $2,45 ao invés de ir de taxi e pagar $20. Quando eu ia no mercado, pegava o leite de $2 ao invés de pegar o de $9, e nenhum órgão meu apodreceu por fazer essa escolha.

Não me abandone, seu lindo

A questão é: se você quer comprar coisas caras no mercado, roupas de grife, ter um carro bom e comer fora sempre que quiser, isso vai ser caro em qualquer lugar do mundo, até no Acre. Mas vivendo de forma simples, você sobrevive bem em qualquer lugar do mundo, porque o salário que você vai ganhar em cada cidade geralmente é equivalente ao valor das coisas que se compra lá. Claro, há exceções, mas na maior parte das vezes, é assim que funciona. É só parar pra pensar.

Ah, e deixo aqui meus sinceros agradecimentos ao wrap de frango que custava $1,50 no Mc Donald’s.

Amor, estranho amor

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